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Volante crava: jogador tem que andar sempre perto do sindicato de atletas

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As reclamações no futebol já viraram rotina. De um lado os atletas desempregados, que levantam a bandeira de um calendário cheio para os clubes a fim de gerar mais empregos. Do outro, os empregados, que em sua grande maioria ganha até um salário mínimo e ainda assim convive com inúmeros casos de inadimplência salarial.
 
O mar revolto que é o mercado do futebol comprova que a categoria dos jogadores é uma das mais fragilizadas no país. O sonho de rápida ascensão dos novatos é a principal armadilha dos predadores da bola.
 
“Sempre devemos andar ao lado do sindicato, jogador anda sempre perto dos representantes da categoria. O de São Paulo é muito organizado e criativo, traz muitas oportunidades e facilidades para os atletas, como estudos e o Projeto Expressão. Eles gostam de cuidar de gente, como sempre repetem”, elogia o volante Mattos, 30, ex-Esporte Clube São Bento e Rio Claro Futebol Clube e que foi revelado no Esporte Clube Vitória da Bahia.
 
No último sábado (22 de julho), o camisa 5 participou de mais um evento promovido pela entidade dos atletas e que trouxe grande conhecimento aos participantes. A palestra “A ética na sobrevivência do futebol”, com o renomado professor Clóvis de Barros Filho.
 
“Sempre que estou em São Paulo participo. Tento ficar informado, acompanho no site e no Facebook. Cada vez mais vejo atletas procurando o sindicato e acho bacana, porque não serve apenas para defender o jogador, mas também para trazer oportunidades”, disse o soteropolitano.
 
Mattos ainda revelou que precisou recorrer ao Sindicato de Atletas de São Paulo em diversas situações.
 
“Em 2012, precisamos do sindicato para negociar salários atrasados e o Mauro nos atendeu prontamente. Em 2013, antes de acertar com o Castelo Futebol Clube, no Capixaba, passei três meses treinando no Projeto Expressão com o Gerson Caçapa. Foi muito bom. Recentemente conclui os dois módulos do Programa Educatleta (foto), mais um benefício que o sindicato proporcionou a minha carreira”, reconheceu.
 
“O futebol vive uma situação difícil e temos que procurar contribuir de alguma forma. Estou fazendo minha parte, participando, opinando e usufruindo de tudo que um sindicato pode dar ao jogador. É um braço direito quando você é lesado”, concluiu o atleta, que disputou a divisão de acesso do Campeonato Paranaense de 2017 pelo Cascavel Clube Recreativo. 
 
Importante saber: para ser sindicalizado, o atleta não paga taxa de adesão.
CARD/FICHA TÉCNICA

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