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Com o segundo menor orçamento da Liga, time de treinador brasileiro entra na briga pelo acesso na China

CHINA LEAGUE ONE
O Zhejiang Yiteng, time dirigido pelo treinador brasileiro Maurício Copertino, conseguiu um importante resultado na noite desta quarta-feira (19 de setembro) ao golear a equipe do Nei Mongol por 5×3, de virada, em jogo válido pela 24ª rodada da China League One.
 
O ex-zagueiro, revelado no Santos Futebol Clube, é o único técnico brasileiro em atividade no país asiático desde a saída de Felipão do Guangzhou Evergrande.
 
Dono do segundo menor orçamento da competição, o clube desfruta pela primeira vez a sensação de brigar pelo acesso. Apenas seis pontos separam o Yiteng FC do segundo colocado, o Zheijang Greentown. Faltam seis rodadas para o término da Liga.
 
“É um trabalho feito com muito planejamento e acima de tudo dentro da realidade do clube. São seis times que brigam pelo acesso, entre eles o nosso. Somos o segundo menor orçamento da competição. Os seis primeiros têm entre 20 e 35 milhões de euros. O nosso, apenas três milhões de dólares. É uma diferença colossal de investimento, mas dentro de campo estamos mostrando que somos capazes de lutar de igual para igual”, explicou Maurício Copertino, que está em sua segunda temporada à frente da equipe de Shaoxing, terceira dele na China League One.
 
Em 2016, antes de assumir o posto de treinador do Yiteng, Maurício Copertino trabalhou como auxiliar de Vanderlei Luxemburgo no Tianjin Quanjian, que na época levou Jadson, Luís Fabiano e Geuvânio para a China. A equipe acabou posteriormente subindo para a primeira divisão.
 
ESTRUTURA E BRASILEIROS
Em sua terceira temporada disputando a China League One, Mauricio Copertino vem chamando a atenção do mercado chinês pelo desempenho de sua equipe. Um time que sempre lutou para não cair e que agora briga de igual para igual com os times que investiram muito.
 
“Trabalhamos toda a parte estrutural do clube. Sugerimos diversas mudanças e fomos atendidos. Criamos departamentos que não existiam, salas e centros de recuperação, montamos sala de musculação e área molhada. Trouxe profissionais brasileiros competentes. Nosso trabalho está tendo reflexo imediato e os jogadores e clube viram que tudo que planejamos e acordamos, está acontecendo. Esse tipo de trabalho você colhe resultados à médio prazo”, acrescentou.
 
Três jogadores brasileiros fazem parte do elenco. Sérgio Mota (ex-São Paulo) Rodrigo Paulista (ex-Bragantino) e Guto (ex-Internacional) e que atua há muitos anos no futebol chinês.
 
“Aqui na China os jogadores brasileiros são importantes. A nossa qualidade sempre prevalece. Quando um brasileiro está inspirado, é difícil segurar. Por isso contamos muito com o desempenho dos nossos brasileiros. Por isso cobro bastante, porque estamos aqui para fazer a diferença”, apontou.
 
“O sonho de todo profissional é ter a liberdade de colocar em prática seu plano de trabalho. E no futebol isso envolve diversos setores, não somente a parte técnica. Cada vez mais o futebol esta se modernizando e dirigido por profissionais de comissão técnica capacitados, como preparadores, fisiologistas e analistas supervisionados pelo head Coach. Montamos um time que está mostrando resultado, com trabalho sério e pés no chão. Agradeço a diretoria pelo empenho que vem fazendo para nos dar todo o suporte. Essa união que está fazendo do Yiteng uma equipe competitiva. Ter orçamento baixo não significa ter time ruim. É ai que entra a criatividade do treinador brasileiro”.
 
Maurício Copertino ainda falou sobre o orgulho, e acima de tudo responsabilidade, de representar a classe dos treinadores brasileiros no futebol chinês. 
 
“São tantos treinadores competentes que temos, não somente nos times de ponta, mas nos clubes do interior pelo Brasil afora. Gente que trabalha com amor pela profissão e que são muito capazes. É um privilégio representá-los, se é que podemos pensar assim. Quero fazer um bom trabalho para mostrar que temos capacidade. Abrir as portas para que mais dirigentes acreditem nos treinadores brasileiros. Não sou pioneiro de nada. Sempre cito os treinadores que fizeram a diferença na China. Muricy, Felipão e Luxemburgo”, concluiu o ex-zagueiro do Peixe, que fez parte da primeira turma “Licença PRO” da CBF Academy.
 
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